top of page

gustavo magalhães

artista visual

Exposição Coletiva
Circuito Universitário da Bienal de Curitiba, 2019 (CUBIC 4)

Curadoria: Fabrícia Jordão, Isadora Mattiolli e Stephanie Dahn Batista

Produção Crítica: Cristina Barros, Giovana Vespa, Ué Prazeres e Viviane Cristina Vieira⠀

A série de pinturas “violência” do artista Gustavo Magalhães, insere o grotesco como uma via para retratar a violência, embora algumas das formas se apresentem como alegorias, outras são postas de modo bastante figurativo, criando uma atmosfera onde impera o conflito. Embora o ímpeto possa ser percebido pictoricamente, há uma linha tênue que se ancora na memória, isto é, uma memória que se confunde entre o prazer e a aflição de gestos por vezes viscerais. O arranjo sugerido pelo artista nos confina em diversas cenas mútuas e asfixiantes na medida em que nos perdemos num fetichismo das imagens criadas. Para Theodor W Adorno, fetichista é aquele que ignora a totalidade por venerar os detalhes, uma adoração que sequer leva em conta as conexões do detalhe ao todo do qual faz parte. Uma análise do todo, não nos permite compreender a complexidade da atuação das diversas violências sobre esses corpos, a análise isolada nos condiciona a iconofilia das imagens, instaurando um paradigma sobre o espectador. Uma via para reflexão é proposta ao observador, de modo em que a ideia de violência passa a ser percebida na experiência e não mais na representação da violência. Podemos nos perguntar se há de fato “violência” representada na série do artista ou há um fetichismo estetizado de violência? Ou mesmo se a violência se encontra na própria violação do conceito violência?

Ué Prazeres

bottom of page